quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Golpe Militar



             Após e renúncia de Jânio, por 'forças ocultas', foi muito difícil seu vice, João Goulart, assumir o poder, como previsto na Constituição. Jango era considerado um herdeiro político de Vargas, coisa que não agradava muito parte da burguesia e outros grupos. Goulart foi apontado também como comunista, ótimo pretexto para justificar a descentralização do poder, através da instituição do parlamentarismo. Em 1961, o Congresso Nacional torna-se o centro das decisões. A emenda que instituíra o parlamentarismo estabelecia um plebiscito aqo término do mandato de Jango, em 1965, para confirmar ou não a permanência do regime parlamentarista ou a volta do presidencialismo. Goulart antecipa o plebiscito a e vitória é do presidencialismo. Jango toma finalmente o poder em 6 de janeiro de 1963 e é afastado através de um golpe militar em 31 de março de 1964.


            Basicamente, o principal objetivo do Golpe era evitar o avanço do Plano Trienal. Os militares também temiam o avanço das organizações populares, inclusive dos sindicatos, da Unidade Estudantil e da Liga Camponesa. O Golpe foi apoiado pela burguesia dominante, alguns grupos da classe média, a UDN, intelectuais e a Igreja Católica. Os Estados Unidos também influenciaram o Golpe, pois os militares planejavam a abertura do mercado.



De acordo com Luis Carlos Martins Alves Júnior:

" Assim, no dia 31 de março, os comandantes das Forças Armadas se rebelaram contra o Governo. Este, receoso de apoio suficiente para resistir, sai do País, abandonando o cargo de Presidente. Com isso, o Congresso declara vago o cargo presidencial e nomeia para ele o Sr. Ranieri Mazzilli, então presidente da Câmara dos Deputados, seu substituto constitucional. Com essa atitude, pretendia-se camuflar de constitucionalidade a situação vigorante. No entanto, o comando militar da Revolução não estava disposto a entregar o poder a um civil, sobretudo oriundo dos círculos tradicionais da política, fazia-se necessário assumir o controle do poder político, revestido de aparente legitimidade. Editou-se o Ato Institucional nº 1, que era o instrumento jurídico-político dos insurretos para legalizar sua vitória. Nele, mantiveram o texto constitucional vigente, com modificações, sendo que dentre elas, convocava-se o Congresso para, indiretamente, eleger o próximo Presidente da República, que seria, evidentemente, um comandante militar, no caso específico o Mal. Humberto Castello Branco. Assim, com o AI-1 esconderia o rasgo ao texto constitucional, dando-lhe uma aparência de legitimidade."

Não existem fatos isolados na história portanto, não podemos por em pauta um fato sem antes mencionar suas causas, os acontecimentos antecedentes. 1968 não foi um ano isolado no tempo e na história, a explosão que aconteceu nesse ano foi o resultado de anos de história de um povo. Este que sentiu o peso da pobreza, que sofreu tantos golpes, agora esse povo vai sofrer com o golpe das espadas.


Diretas – Já:

A sociedade se mobiliza pela democracia


A possibilidade de eleger um presidente civil após um longo ciclo militar estimulou a oposição e mobilizou grande parte da sociedade e dos meios de comunicação a favor das leis diretas.

Durante o ano de 1984 , o país assistiu a uma mobilização popular sem precedentes: em todas as cidades e capitais a população manifestou seu repúdio às eleições indiretas e exigiu o voto direto para presidente. A maior manifestação , realizada em São Paulo, reuniu aproximadamente 1,7 milhão de pessoas.

A pesar disso , a emenda constitucional que restabelecia as eleições diretas foi reprovada pelo Congresso. O próximo presidente da república seria eleito pelo voto indireto:

Paulo Maluf representava uma facção do partido do governo, o PDS , na eleição do colégio Eleitoral.

Tancredo Neves , do PMDB , representava uma aliança, a frente liberal , entre parte do PDS , liderada por José Sarney , e os partidos de oposição ao regime militar , menos o partido dos trabalhadores ( PT ). A aliança formadas por estas forças políticas formou a aliança Democrática.

Tancredo Neves , eleito pelo voto indireto, adoeceu no dia de sua posse , em 15 de março , e morreu em abriu de 1985. O vice presidente José Sarney , filho do regime anterior, assumiu o governo. Com ele teve inicio a transição do regime militar para o regime democrático.

A sociedade – pelas associações de classe e pelos partidos mais progressistas – aumentou a pressão pela convocação da Assembléia Nacional Constituinte para substituir a Constituição de 1967, legada pelos militares. Mas a maioria dos deputados decidiu pela convocação do Congresso Constituinte , frustando, outra vez, os anseios dos setores mais progressistas da sociedade , que vinham lutando desde meados dos anos 70 e pretendiam realizar uma eleição exclusiva para escolher seus representantes na elaboração da nova carta constitucional.
Em 1987, instalou–se finalmente o congresso constituinte , presidido pelo deputado Ulisses Guimarães , o “Senhor Diretas”.
Em 1988 , o congresso promulgou a nova constituição , consagrando o regime presidencialista , cinco anos de mandato para o presidente e a independência dos poderes. Era claramente uma vitória de Sarney e da conciliação conservadora. Mas os setores progressistas conseguiram inscrever a nova constituição alguns itens avançados , que ajudavam a desenhar a nova cidadania democrática , num país pouco habituado a tais valores. 
 





FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)  

HELENISMO ou Período Helênico


Período Helênico

HELENISMO
Grécia Antiga
A era helenística marcou a transição da civilização grega para a romana, em que inoculou sua força cultural. Não se encontra nela o esplendor literário e filosófico do período áureo da Grécia, mas divisa-se um grande surto da ciência e da erudição. Chama-se civilização helenística a que se desenvolveu fora da Grécia, sob influxo do espírito grego. Esse período histórico medeia entre 323 a.C., data da morte de Alexandre III(Alexandre o Grande), cujas conquistas militares levaram a civilização grega até a Anatólia e o Egito, e 30 a.C., quando se deu a conquista do Egitopelos romanos. Grande parte do Oriente antigo foi então helenizado e assistiu-se a uma fusão da cultura grega, revitalizada nas áreas conquistadas, com as tradições políticas e artísticas do Egito, Mesopotâmiae Pérsia. Depois da morte de Alexandre, a transmissão da cultura grega persistiu nos grandes centros urbanos, embora sofresse influência dos costumes orientais. A tentativa de Antígonos, um dos mais antigos generais de Alexandre, de manter intacto o império conquistado pelo guerreiro macedônio, fracassou após a Batalha de Ipso, na Frígia (302 a.C.). A partilha do império foi feita entre três generais: Seleucos I Nicator, Ptolomeu I e Lisímacos. As lutas, entretanto, continuaram, e vinte anos depois o império foi dividido em três estados independentes: o reino do Egito ficou com os Lágidas, descendentes de Ptolomeu; o da Síria, com os Selêucidas, descendentes de Seleucos; e o da Macedônia coube aos antigônidas, descendentes de Antígonos.
            Alexandria, no Egito, com 500.000 habitantes, tornou-se a metrópole da civilização helenística. Foi um importante centro das artes e das letras, e a própria literatura grega tem uma fase chamada "alexandrina". Lá existiram as mais importantes instituições culturais da civilização helenística: o Museu, espécie de universidade de sábios, dotado de Jardim Botânico, Zoológico e Observatório Astronômico; e a Biblioteca, com 200.000 volumes, salas de copistas e oficinas para preparo do Papiro. O Reino Egípcio só terminou com a conquista de Otavius, no reinado de Cleópatra. O reino da Síria abrangia quase todo o antigo império persa até o Rio Indo. A capital era Antioquia, outro grande centro da cultura helenística, perto da foz do Orontes, no Mediterrâneo. Os selêucidas, entretanto, não puderam manter a unidade de seu vasto império, que acabou conquistado pelos romanos no século I a.C. Já o reino da Macedônia teve de enfrentar a luta das cidades gregas, ciosas da defesa de sua autonomia, e acabou incorporado ao Império Romano. Do ponto de vista cultural, o período compreendido entre 280 e 160 a.C. foi excepcional. Tiveram grande desenvolvimento a história, com Polibius; a matemática e a física, com Euclides, Eratostenes e Arquimedes; a astronomia, com Aristarcus, Hiparcus, Seleucus e Heráclides; a geografia, com Posidonius; a medicina, com Herofilus e Erasistratus; e a gramática, com Dionisius Tracius. Na literatura, surgiu um poeta extraordinário, Teocritus, cujas poesias idílicas e bucólicas exerceram grande influência. O pensamento filosófico evoluiu para o individualismo moralista de Epicuristas e Estóicos, e as artes legaram à posteridade algumas das obras-primas da antigüidade, como a Vênus de Milo, a Vitória de Samotrácia e o grupo do Laocoonte. À medida que o Cristianismo avançava, a civilização helenística passou a representar o espírito pagão que resistia à nova religião. O espírito grego não desapareceu com a vitória dos valores cristãos; seria, doze séculos depois, uma das linhas de força do Renascimento.




FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)  

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, em Sarajevo, foi o estopim para a 1a Guerra Mundial (1914-1918). Trata-se do primeiro conflito armado a envolver as grandes potências imperialistas da Europa e, em seguida, a maior parte dos países do mundo, causando a morte de mais de 8 milhões de soldados e 6,5 milhões de civis. Confrontam-se dois grupos de países organizados em pactos antagônicos: a Tríplice Aliança, liderada pela Alemanha, e a Tríplice Entente, encabeçada pela França. A vitória ficou com os aliados da França, mas teve como conseqüência principal perda, pela Europa, do papel de liderança planetária. Os EUA que entram no conflito só em 1917, ao lado da Tríplice Entente, passam a ser o centro de poder do capitalismo. A reorganização do cenário político no continente europeu e as condições humilhantes impostas ao perdedor, a Alemanha, pelo Tratado de Versalhes, são consideradas causas da 2a Guerra Mundial (1939-1945). O mundo pós-guerra assiste também a implantação do primeiro Estado socialista, a União Soviética.

O cenário antes da guerra - O choque dos interesses imperialistas das diversas nações européias, aliado ao espírito nacionalista emergente, é o grande fator que desencadeia o conflito. Na virada deste século, entra em cena a Alemanha, como o país mais poderoso da Europa Continental após a guerra franco-prussiana (1870-1871) e a arrancada industrial propiciada pela unificação do país em 1871. A nova potência ameaça os interesses econômicos da Inglaterra e político-militares da Rússia e da França. Alemães e franceses preparam-se militarmente para a anunciada revanche francesa pela reconquista dos territórios da Alsácia e Lorena, perdidos para a Alemanha. Por sua vez a Rússia estimula o nacionalismo eslavo - Pan Eslavismo - desde o fim do século XIX e apóia a independência dos povos dominados pelo Império Austro-Húngaro. Por trás dessa política está o projeto expansionista russo de alcançar o Mediterrâneo.

Preparativos - As diferenças nacionalitas entre a França e Alemanha são acirradas pela disputa do Marrocos como colônia. Em 1906, um acordo cede o Marrocos à França. A Alemanha recebe terras no sudoeste africano, mas também exige da França parte do território do Congo. Outros enfrentamentos desta vez entre a Sérvia e a Áustria nas Guerras Balcânicas, aumentam a pressão pré-bélica. A anexação da Bósnia-Herzegóvina pelos austríacos em 1908 causa a explosão do nacionalismo sérvio, apoiado pela Rússia. Esse conflitos de interesses na Europa levaram à criação de dois sistemas rivais de alianças. Em 1879, o chanceler da Alemanha, Otto von Bismark, conclui um acordo com o império Austro-Húngaro contra a Rússia. Três anos depois a Itália, rival da França no Mediterrâneo alia-se aos dois países formando a Tríplice Aliança. O segundo grupo à beira do confronto tem sua origem na Entente Cordiale, formada em 1904 pelo Reino Unido e pela França, para se opor ao expansionismo gemânico. Em 1907, conquista a adesão da Rússia, formando a Tríplice Entente.

O mundo em guerra - Francisco José (1830 -1916), imperador do império Austro-Húngaro, aos 84 anos prepara-se para deixar o trono ao herdeiro. Mas, em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando (1863 - 1914) e sua esposa são assassinados durante visita a Sarajevo pelo estudante anarquista sérgio Gravillo Princip. Confirmada a cumplicidade de políticos da Sérvia no atentado, o governo austríaco envia em julho um ultimato ao governo sérvio. Exige a demissão de ministros suspeitos de ligações com terroristas, o fechamento de jornais antiaustríacos e a perseguição de sociedades secretas. Como a Sérvia reluta em atender às exigências, o país é invadido pelos austríacos em 1o de agosto. O diabólico sistemas de alianças, que impera no continente, arrasta o restante dos países europeus ao conflito. A Rússia declara guerra à Áustria; a Alemanha adere contra a Rússia. A França, ligada ao governo russo, mobiliza suas tropas contra os alemães. No dia 3 de agosto de 1914 o mundo está em guerra. Reino Unido hesita até o dia seguinte, quando os alemães invadem a Bélgica, violando a tradicional neutralidade deste país, para daí atingir a França. Outras nações envolvem-se em seguida: a Turquia, do lado dos alemães, ataca os pontos russos no Mar Negro; Montenegro socorre os sérvios em nome da afinidade étnica; e o Japão, interessado nos domínios germânicos no Extremo Oriente, engrossa o bloco contra a Alemanha. Com a guerra, ao lado da França 24 outras nações estabelecendo-se uma ampla coalizão conhecida como "Os Aliados". Já a Alemanha recebe a adesão do Império Turco Otomano, rival da Rússia e da Bulgária, movida pelos interesses nos Balcãs. A Itália, embora pertencente à Tríplice Aliança, fica neutra no início, trocando de lado em 1915, sob a promessa de receber parte dos territórios turcos e austríacos.

Avanço alemão - Na frente ocidental, a França contém o avanço dos alemães na batelha de Marne, em setembro de 1914. A partir daí, os Exércitos inimigos ocupam no solo francês uma extensa malha de trincheiras protegida por arame farpado, a Linha Maginot, e dedicam-se a ataques de efeitos locais. Essa guerra de posição estende-se praticamente até 1918, sem que nenhum dos lados saia vitorioso. Na frente oriental, os alemães abatem o numeroso e desorganizado Exército da Rússia. O maior país da Europa, fragilizado pela derrota na guerra russo-japonesa (1904 - 1905), paga o preço do atraso industrial e da agitação política interna provocada pelos revolucionários bolcheviques. Na época o povo russo atinge o ponto máximo de insatisfação com a guerra e o colapso do abastecimento. Greves e confrontos internos obrigam o czar Nicolau II (1868 - 1918) a renunciar ao poder, e a Revolução Russa termina por instalar no país um Estado Socialista, em 1917. Com a derrota militar russa consumada, os Aliados correm o risco de a Alemanha avançar pela frente oriental e dar um xeque-mate na França. A situação leva os EUA a entrarem diretamente na guerra e a decidirem a sorte do confronto. Durante os anos em que permanecem neutros, os norte-americanos tinha enriquecido vendendo armas e alimentos aos Aliados e dominando o mercado latino-americanos e asiáticos. O objetivo dos EUA na luta é preservar o equilíbrio de poder na Europa e evitar uma possível hegemonia alemã.

A paz - Surgem propostas de paz em 1917 e 1918, mas com pouca ou nenhuma repercussão. Apenas a do presidente norte-americano Woodrow Wilson (1856 - 1924) ganha importância, inclusive entre a população alemã. Ela traz a idéia de uma "paz sem vencedores" e sem anexações territoriais, em um programa com 14 itens. Mas, em julho de 1918, forças inglesas, francesas e norte-americanas lançam um ataque definitivo. A guerra está praticamente vencida. Turquia, Áustria e Bulgária rendem-se. Os bolcheviques, que com a queda do czar russo assumem o poder após dois governos provisórios, já haviam assinado a paz em separado com a Alemanha, em março, pelo tratado de Brest-Litovsk. A fome e a saúde precária da população levam a Alemanha à beira de uma revolução social. Com a renúncia do kaiser, exigida pelos EUA, um conselho provisório socialista negocia a rendição.

Tratado de Versalhes - Em 28 de junho de 1919 é assinado o Tratado de Versalhes. Pressionada por um embargo naval, a Alemanha é obrigada a ratifica-lo. Com ele, perde todas as colônias que são repartidas entre os Aliados, e parte do seu território. Também passa a ser atravessada pelo chamado "Corredor Polonês", que dava a Polônia acesso ao Mar Báltico, e divide o país em dois. Deveainda pagar monumentais indenizações por todos danos civis causados pela guerra e fica proibida de formas um Exército regular. Mas essas providências, para evitar que a Alemanha possa vir a ter condições econômicas e políticas de se lançar numa nova aventura bélica, terão o efeito contrário. Tanto que o mundo saído do Tratado de Versalhes é o berço de regimes totalitário em muitas nações, do comunismo ao facismo e nazismo, que afiam as armas para, poucas décadas depois, deflagrar a 2a Guerra Mundial. O pós-guerra apresenta um desenho da Europa, com a dissolução dos Impérios Áustro-Húngaro, Turco-Otomano e Russo, e o surgimento de novos países.





FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)  

Quinhentismo Português


No dia 22 de abril do ano 2000 completa quinhentos anos da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.



"O descobrimento"
  
A descoberta do novo caminho para as Índias provocou festas e alegrias na corte portuguesa.  Afinal, Vasco da Gama retornou, em 1.499, com um carregamento que pagou em sessenta vezes o custo da expedição. Diante do grande sucesso da expedição, o rei de Portugal, D. Manuel, resolveu enviar às Índias uma poderosa esquadra, a fim de estabelecer uma sólida relação comercial e político com os povos do Oriente. Seis meses depois, a esquadra estava pronta para zarpar e era, sem dúvida, a mais bem aparelhada que Portugal já havia organizado. Compunha-se de 13 navios e conduzia, aproximadamente, 1.500 pessoas. Faziam parte da tripulação experientes navegadores, como Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho, Gaspar de Lemos, além de padres, soldados e comerciantes. O comando da esquadra foi entregue ao fidalgo português Pedro Álvares Cabral. 
  
 A esquadra partiu de Lisboa no dia 9 de março de 1.500. No dia 22 de abril, ao entardecer, um monte alto e redondo foi avistado e ao sul dele, uma extensa faixa de terras baixas, repleta de arvoredos. Como era semana de Páscoa, o monte recebeu o nome de Monte Pascoal e a terra foi batizada de Vera Cruz. Posteriormente, alteraram-lhe para a Terra de Santa Cruz, que permaneceu por muito tempo. A partir de 1.503, aproximadamente, deu-se à nova terra o nome do Brasil, devido à grande quantidade de uma árvore chamada pau-brasil existente em sua faixa litorânea. No dia 23  de abril, a esquadra de Cabral estabeleceu os primeiros contatos com os indígenas brasileiros, por meio do comandante Nicolau Coelho. 
A carta do escrivão Pero Vaz de Caminha, dirigida ao rei de Portugal, é um precioso documento histórico da viagem de Cabral ao Brasil. Seu texto é rico em informações sobre os primeiros contatos com os indígenas, a geografia do lugar onde os navios ancoraram, e as impressões gerais dos portugueses relativas às possibilidades da terra. 
Portugal enviou para o Brasil algumas expedições destinadas ao reconhecimento da terra e à manutenção de sua posse.


PERÍODO PRÉ-COLONIAL


Do descobrimento, em 22/4/1500, até o estabelecimento da primeira colônia, a de São Vicente, após a chegada da expedição comandada por Martim Afonso de Souza, em 1530.

Primeiras explorações

                       
A primeira expedição explora o litoral do atual Rio Grande do Norte, em maio de 1500, sob o comando de Gaspar de Lemos. Desce até o sul, dando nomes aos lugares descobertos: baia de Todos os Santos, cabo de São Tomé, Angra dos Reis, São Vicente. Lemos viela novamente em 1502, trazendo Américo Vespucio, e atinge a baia de Guanabara. Em
1503, é a vez do comerciante Fernando de Noronha, que obteve da Coroa o primeiro contrato de exploração do pau-brasil. Ele chega até a ilha de São João, ou da Quaresma, atual arquipélago de Fernando de Noronha. Em outra expedição que percorre o litoral brasileiro, em 1511, Noronha leva pare Portugal 5 mil toras de pau-brasil, além de indígenas e animais tropicais.

Primeiros imigrantes


 A historiografia considera que a maior parte dos elementos brancos vindos para o Brasil na época da colonização eram degredados e aventureiros europeus em busca de riquezas e oportunidades. Isso explica o grande número de holandeses, franceses, alemães e italianos que integravam as primeiras expe-
dições. Mas havia também brancos fidalgos que partiam para a colônia por
terem fracassado, esperando fazer fortuna.
Um outro grupo era constituído pelos judeus portugueses convertidos ao cristianismo e, por isso, chamados de cristãos novos. Eles imigraram para fugir dos tribunais da inquisição e também para integrar-se ao setor comercial do açúcar.

Brasil colonial


Da expedição de Martim Afonso de Souza, em 1530, até a proclamação da independência por d. Pedro I, em 7/9/1822. Período em que Portugal ocupa a colônia, promove seu povoamento e nele instala mecanismos econômicos-administrativos.

PAU-BRASIL


Riqueza da exploração imediata devido ao seu fácil acesso e ao mínimo de investimento necessário. Permanece como monopólio da Coroa ate 1859. A fase mais intensa da exploração vai do período pré-colonial até meados do séc XVI. A extração é feita ao longo do litoral, desde o Rio Grande do Norte até o Rio de janeiro, e a exploração obedece o sistema de arrendamento, através de controles entre o Estado e companhias particulares que pagam um quinto da extinção ao governo português. Posteriormente, passa a ser feita mediante prévia autorização do governo-geral.

O tráfico Negreiro


 A presença do negro no Brasil vincula-se ao processo de acumulação capitalista. São trazidos para substituir os indígenas como mão-de-obra escrava. Os primeiros grupos vêm da Guiné na expedição de Martim Afonso. A permissão oficial para o tráfico é dada por d. João III em 1549, e o comércio efetivo começa em 1550. Sudaneses são levados para a Bahia e bantus espalham-se pelo Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo. Até a extinção oficial do tráfico, há 1850, serão trazidos para a colônia 3,5 milhões de negros. A escravidão prolonga-se até 1888.

O ciclo do ouro


 Novo momento de riqueza e prosperidade verificado na virada dos sécs. XVII e XVIII a partir de reservas de ouro descobertas na região das Minas Gerais (MG, GO e MT). Provoca intensa migração, principalmente de São Paulo. Do Nordeste segue a mão-de-obra para exploração das jazidas. O desbravamento leva a formação, de novas vilas Sabará, Mariana, Vila Rica de Ouro Preto, Caeté, São João del Rei, Arraial do Tejuco (atual Diamantina) e Cuiabá. A produção alterna remessas altas e baixa, para a metrópole, chegando a
uma relativa estabilidade entre 1735 e 1754. Aexportação média anua fica em
14 500 Kg no período, baixando para 4 300 kg anuais no final do séc. XVII.

Diamantes


 A exploração inicia-se por volta de 1729, nas vilas de Diamantina e Serra do Frio, no norte de  Minas Gerais. A produção atinge níveis altos, chegando a causar pânico no mercado joalheiro, por forçar a baixa dos preços. Em 1734, constitui-se uma intendência, com autonomia quase total na administração das lavras. E a extração passo o ser controlada através de medidas severos que incluem confisco. proibição do entrada de forasteiros e expulsão de escravos.


A INDEPENDÊNCIA


Adespeito da oposição de José Bonifácio, convoca-se uma Assembléia Constituinte, em 3/6/1822, para substituir o Conselho. A Câmara Municipal de Cachoeira (BA) rompe com Portugal, em Jun., dando inicio a uma rebelião que se espalha rapidamente pelo Recôncavo. Em 1/8/1822, d. Pedro, que recebera o titulo de Defensor Perpétuo do Brasil, em sinal de aproximação com a maçonaria, decreta que seriam consideradas inimigos as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil.
José Bonifácio faz uma última tentativa de manter os vínculos com Lisboa, através da Manifesto às Nações Amigas, de 6/8/1822, em que d. Pedro compromete-se a defender a  Assembléia Constituinte. No final do mês, o regente parte para São Paulo, onde recebe, em 7/9/ 1822, os decretos de Lisboa exigindo seu retorno imediato e anulando a convocação da Constituinte. A comitiva está ás margens do riacho ipiranga quando chega o emissário trazendo a convocação de Portugal. D. Pedro lê, em seguida, proclama: "Independência ou morte" D. Pedro é aclamado imperador e coroado em 1/12/1822.
Os portugueses que viviam no pais resistem durante algum tempo, sobretudo nas províncias onde há grande concentração de tropas ou onde a comunidade lusa é numerosa, como na Bahia, que só aceita a decisão em 16/7/1823, no Maranhão em 28/7/l823 e na Província Cisplatina em 14/2/1834. Alcançada e
Reconhecida a independência, os grupos que a tinham apoio começam a lutar por interesses específicos. Moderados e radicais defendem uma Constituição que limite os poderes da imperador; conservadores apoiam a centralização do governo nas mãos de d. Pedro. Em nov. de 1823, é dissolvida a Assembléia Constituinte.

Brasil republicano


Período de grandes mudanças sociais. políticas e econômicas. Inicia-se com a proclamação da República, em 15/11/1889. e estende-se até os dias atuais. Divide-se em Primeira República, Era Vargas, Segunda República. Regime Militar e Redemocratização.

Primeira república


Da proclamação até a Revolução de 1930.. É também chamada de República Velha. Tem dois momentos distintos: a fase inicial, até 1894, é conhecida como a República dá Espada, momento de consolidação do regime, marcado pela presença dos militares no poder: a segunda fase, até 1930. é conhecida como República das Oligarquias. É o período dos civis no poder, caracterizado pelo caronelismo, o voto de cabresto, a política dos governadores e de valorização do café. Há grande avanço econômico: no Centro-Sul a economia cafeeira cria sólidas bases para o desenvolvimento da indústria e de urbanização; e, no Norte, destaca-se o, ciclo da borracha na Amazônia.

Governo Provisório


Chefiado pelo mal. Deodoro da Fonseca. Inicia-se em l5/11/1889 e termina em 25/2/1891. Período marcado por crises políticas. Deodoro, um militar que servia lealmente é Monarquia, afaste-se progressivamente de seus ministros, que acabam renunciando. Em 3/12/1889. Nomeia uma comissão para elaborar o projeto de uma Constituição. Rui Barbosa, min. da Fazenda, dá início á chamada Política do Encilhamento reforma financeira autorizando bancos a emitir papel-moeda (17/1/1890). O resultado é uma desastrosa especulação que arruina muitos empresários.


ALGUNS GOVERNANTES DA REPÚBLICA


Deodoro da Fonseca - eleito em 1889.
Floriano Peixoto - 1884 exerce o cargo por 1 ano.
Prudente de Morais - exerce em 1894.
Campos Sales -representa o Partido Republicano em 1885, depois torna-se presidente.
Rodigues Alves - eleito em 1918, mas não chega a exercer, morrendo da gripe espanhola.
Afonso Pena - eleito em 1903.
Epitácio Pessoa - eleito em 1919.
Getúlio Vargas - eleito em 1930.
José Linhares - eleito em 1945.
Juscelino Kubitschek -  em 1950 é eleito gov. de Minas Gerais, depois é eleito presidente.
Jânio Quadros - eleito em 1960.
Castelo Branco - eleito em 1967, mas morre num acidente aéreo.
João Figueiredo - eleito em 1978.
José Sarney - eleito em 1985.
Fernando Collor - eleito em 1990.
Itamar Franco - assume no lugar de Collor em 1992.
Fernando Henrique Cardoso - eleito em 1994.


FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)

Revolução Industrial


Começa na Inglaterra, em meados do século XVIII. Caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produção global. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial.

Progresso tecnológico
A invenção de máquinas e mecanismos como a lançadeira móvel, a produção de ferro com carvão de coque, a máquina a vapor, a fiandeira mecânica e o tear mecânico causam uma revolução produtiva. Com a aplicação da força motriz às máquinas fabris, a mecanização se difunde na indústria têxtil e na mineração. As fábricas passam a produzir em série e surge a indústria pesada (aço e máquinas). A invenção dos navios e locomotivas a vapor acelera a circulação das mercadorias.

Empresários e proletários
O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários.

Exploração do trabalho
No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa, mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado.

Movimentos operários
Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área.

Sindicalismo
Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional.
Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida. Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha.

Curiosidade: Primeiro de maio – É a data escolhida na maioria dos países industrializados para comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em uma manifestação operária por melhores condições de trabalho iniciada no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos EUA. No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com as forças policiais. Em conseqüência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios.
Quatro deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente, são perdoados. Por essa razão, desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro.

Conseqüências do processo de industrialização
As principais são a divisão do trabalho, a produção em série e a urbanização. Para maximizar o desempenho dos operários as fábricas subdividem a produção em várias operações e cada trabalhador executa uma única parte, sempre da mesma maneira (linha de montagem). Enquanto na manufatura o trabalhador produzia uma unidade completa e conhecia assim todo o processo, agora passa a fazer apenas parte dela, limitando seu domínio técnico sobre o próprio trabalho.

Acúmulo de capital
Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de capitais e a expansão do comércio em escala mundial.

Controle do campo
Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho. Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria nascente.
Crescimento populacional
Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das epidemias favorecem o crescimento demográfico. Aumenta assim a oferta de trabalhadores para a indústria.

Reservas de carvão
Além de possuir grandes reservas de carvão, as jazidas inglesas estão situadas perto de portos importantes, o que facilita o transporte e a instalação de indústrias baseadas em carvão. Nessa época a maioria dos países europeus usa madeira e carvão vegetal como combustíveis. As comunicações e comércio internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais navegáveis. Em 1848 aInglaterra possui 8 mil km de ferrovias.

Situação geográfica
A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa, facilita o acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite conquistar mercados ultramarinos. O país possui muitos portos e intenso comércio costeiro.

Expansão Industrial
A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção. Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo).

Revolução industrial - Parte 2
A revolução industrial caracteriza-se pela produção industrial em grande escala voltada para o mercado mundial, com uso intensivo de máquinas. A Inglaterra é o primeiro país a realizá-la. A economia inglesa começa a crescer em 1780, e, em 1840, aindústria já está mecanizada, há uma rede nacional de estradas de ferro, começa a construir ferrovias em outros países, exporta locomotivas, vagões, navios e máquinas industriais.
Era das Invenções
Nos séculos XVIII e XIX a tecnologia vai adquirindo seu caráter moderno de ciência aplicada. As descobertas e invenções encontram rapidamente aplicação prática na indústria ou no desenvolvimento da ciência. Os próprios cientistas, muitos ainda autodidatas, transformam-se em inventores, como Michael Faraday, Lord Kelvin e Benjamin Franklin.

Benjamin Franklin
(1706-1790), estadista, escritor e inventor americano. Nasce em Boston, em uma família humilde e numerosa – 17 irmãos. Aos 10 anos, começa a trabalhar com o pai, um fabricante de sabão. Aos 12, emprega-se como aprendiz na gráfica de um de seus irmãos.
Em 1723, muda-se para a Filadélfia, quando começa a dedicar-se às letras e às ciências. Autodidata, aprende diversas línguas. Em 1730, já é proprietário de uma oficina gráfica e da Gazeta da Pensilvânia. Membro da Assembléia da Pensilvânia, dedica-se à política e à pesquisa científica. Em 1752, inventa o pára-raios. Quinze anos depois, ajuda a elaborar a Declaração de Independência dos EUA. Seu retrato aparece na nota de US$ 100.

Eletricidade – Da primeira pilha, produzida em 1800 por Alessandro Volta, até a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1878, centenas de pesquisadores dedicam-se a estudar a eletricidade em várias partes do mundo. Suas descobertas aceleram o desenvolvimento da física e da química e os processos industriais.

Thomas Alva Edison (1847-1931) - é um dos grandes inventores norte-americanos. Nasce em Ohio, filho de um operário de ferro-velho. É alfabetizado pela mãe e, aos 12 anos, começa a trabalhar como vendedor de jornais. Durante a Guerra de Secessão instala uma impressora num vagão de trem e inicia a publicação do semanário The Weekly Herald, o qual redige, imprime e vende. Dedica-se à pesquisa científica e é um dos primeiros a criar um laboratório comercial especializado em invenções práticas. Emprega dezenas de cientistas e pesquisadores. Até 1928, já havia registrado mais de mil invenções, como o fonógrafo (1877), a lâmpada incandescente (1878) e o cinetoscópio (1891).

FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)

REVOLUÇÃO RUSSA


               No início do século XX a Rússia era um país pobre e atrasado tecnologicamente. Era conhecida como o "celeiro" da Europa por exportar enorme quantidade de cereais para todo o Velho Continente. 80% de sua população economicamente ativa vivia no campo. Em muitas regiões sequer se conhecia o arado. Os camponeses viviam na máxima miséria. Trabalhavam, sob a temperatura em torno de -25oC, com roupas de trapo e botas de papelão, enquanto o czar vivia acalentado luxuosamente em seu grandioso palácio. Leia abaixo o depoimento de um operário russo da época:


"NÃO NOS É POSSÍVEL SER INSTRUÍDOS PORQUE NÃO HÁ ESCOLAS E DESDE A INFÂNCIA DEVEMOS TRABALHAR ALÉM DE NOSSAS FORÇAS POR UM SALÁRIO ÍNFIMO. QUANDO DESDE OS NOVE ANOS SOMOS OBRIGADOS A IR PARA A USINA, O QUE NOS ESPERA? NÓS NOS VENDEMOS AO CAPITALISTA POR UM PEDAÇO DE PÃO PRETO; GUARDAS NOS AGRIDEM A SOCOS E CACETADAS PARA NOS HABITUAR À DUREZA DO TRABALHO; NÓS NOS ALIMENTAMOS MAL, NOS SUFOCAMOS COM A POEIRA E O AR VICIADO, ATÉ DORMIRMOS NO CHÃO, ATORMENTADOS PELOS VERMES"

                O povo não suportava mais tamanho sofrimento e, em janeiro de 1905, cerca de 200.000 mujiques (camponeses), operários e demais pessoas da comunidade organizaram uma passeata em São Petesburgo, liderados pelo padre Gapon, da Igreja Ortodoxa Russa. Nessa passeata levariam ao czar Nicolau II um documento clamando por direitos sociais e contando ao querido czar a situação do povo russo. Acreditavam que Nicolau II não sabia que seu povo passava fome e vivia na miséria e que, quando lesse a carta, ele livrar-se-ia dos maus assessores e o ajudaria. Nesse clima de paz, crianças, mães com filhos nos colos e homens iam, calmamente, cantando músicas religiosas, ao encontro czar. Porém, este, ao ver a multidão reunida, considerando isso uma insolência, irredutivelmente ordenou aos cossacos, tropa imperial de soldados, o imediato extermínio de todos. Os cossacos se postaram e, ao grito de permissão para atirar, tingiram de vermelho a branca neve que pisavam. A cavalaria completou o massacre cegando, com furos no olhos, as crianças e mutilando o ventre das mulheres grávidas. Gigantescas valas foram abertas para despejar os corpos, que eram removidos por dezenas de caminhões. O episódio passou para a história como o Domingo Sangrento. Milhares morreram cruelmente, porém os ricos da Rússia não tiveram seu dinheiro e privilégios abalados. Esse foi considerado o Ensaio Geral para a Revolução Russa. A máscara de Nicolau II caiu e o povo russo finalmente teve consciência da índole de seu comandante. A partir de então intensificaram-se os movimentos populares com greves gerais e muitas passeatas. Porém, com o uso de ostensiva violência por parte do czar, as revoltas amenizaram-se. Até 1917.=
                Veio a Primeira Guerra Mundial e a situação de miséria da Rússia piorou ainda mais. Fome, epidemias e a prática de violências provocada pela miséria espalharam-se por todo o país. As passeatas contra Nicolau II tomavam força novamente e as tropas imperiais, cansadas da guerra provocada pelos ricos e por seus exclusivos interesses, desertava em número cada vez maior, passando a lutar do lado do povo. O czar russo cometeu um fatal erro contra seu governo ao armar o povo para a guerra. Acabou financiando a sua derrocada. Porém, mais por seus atos do que pelas armas. O povo desejava apenas pão e paz. A situação tornara-se insustentável.
                Então, em 8 de março de 1917 (27 de fevereiro no antigo calendário russo) os rebeldes tomaram a capital Petrogrado e o czar foi derrubado. Instaurou-se um governo provisório controlado, principalmente, pelos Mencheviques e Socialistas Revolucionários, que, no primeiro momento, não queriam conduzir a Rússia ao Comunismo, mas apenas libertá-la do czarismo. A real intenção era uma democracia burguesa, se é que isso seja possível. Logo foram abolidas a censura à imprensa e a pena de morte aos que praticassem crimes políticos. Todos os partidos tiveram direito de manifestação. Essas diretrizes tomadas pelos Mencheviques foram excelentes. Mas muitas não passaram de palavras vagas rabiscadas num papel sem valor moral.
                Era abril quando Lênin soube da derrocada do czarismo russo e pôde sair do seu exílio na Suíça. Foi recepcionado por milhares de russos na estação Finlândia, em Petrogrado. Amultidão estava inflamada ovacionando o seu grande líder. Lênin deferiu então um histórico discurso, no qual anunciava a frase que tornou-se o ideal de luta de todo um povo: "Todo o poder aos sovietes!".
                Apoiado por Trotsky, Lênin dizia que o governo provisório era um instrumento de dominação da burguesia. A partir de então, era junho de 1917, observou-se o governo provisório fazendo uso de métodos czaristas de repressão. Jornais bolcheviques foram destruídos e Lênin teve uma ordem de prisão expedida contra si.
                Em julho, o governo provisório, então liderado pelo nobre liberal Lvov, tentou reprimir manifestações bolcheviques e acabou caindo. Seu substituto foi Alexander Kerenski.
                Quem não estava satisfeito com essa revolução eram os imperialistas anglo-franceses. Tinham medo de que a Rússia saísse da guerra e, principalmente, medo de que os ideais democráticos se difundissem pelo mundo. Então apoiaram o general Kornilov numa tentativa de golpe de Estado para instituir uma ditadura de extrema-direita. Kerenski, apoiado pelos bolcheviques, que consideravam uma ditadura imperialista ainda pior que o já ruim governo provisório, permaneceu no poder. Com essa decisiva ação e consequente divulgação dos seus ideais cresceu a influência dos bolcheviques que tranformaram-se de minoritários a majoritários. A partir de agosto passaram a comandar os principais sovietes. A grande insurreição estava tomando vida.
                Leia o artigo editado no jornal bolchevique Rabotchi Put no dia anterior à queda do governo provisório e ascenção dos bolcheviques:

"TODO SOLDADO, TODO OPERÁRIO, TODO VERDADEIRO SOCIALISTA DEMOCRATA SINCERO COMPREENDE QUE A SITUAÇÃO ATUAL SÓ OFERECE DUAS ALTERNATIVAS: OU O PODER PERMANECE NAS MÃOS DOS BURGUESES E PROPRIETÁRIOS DE TERRAS, E ISSO SIGNIFICARÁ TODO TIPO DE REPRESSÃO PARA OS OPERÁRIOS, SOLDADOS E CAMPONESES, A CONTINUAÇÃO DA GUERRA, A FOME E AS MORTES INEVITÁVEIS... OU O PODER SE TRANSFERE PARA AS MÃOS DOS OPERÁRIOS, SOLDADOS E CAMPONESES REVOLUCIONÁRIOS; E NESSE CASO, SIGNIFICARÁ A ABOLIÇÃO TOTAL DA TIRANIA DOS DONOS DE TERRAS, O ANIQUILAMENTO IMEDIATO DOS CAPITALISTAS, A PROPOSTA URGENTE DE UMA PAZ JUSTA. A TERRA ESTARÁ GARANTIDA PARA OS CAMPONESES, O CONTROLE DAS INDÚSTRIAS ASSEGURADO AOS OPERÁRIOS. HAVERÁ PÃO PARA OS QUE TÊM FOME E ESSA GUERRA (1A. GUERRA MUNDIAL) CHEGARÁ AO FIM!!"

E na noite de 6 para 7 de novembro de 1917 as forças bolcheviques, constituídas por soldados e operários armados, tomaram os principais pontos e edifícios públicos de Petrogrado. O Governo Provisório foi deposto e os bolcheviques ascenderam ao poder. Lênin logo tirou a Rússia da guerra através da assinatura do tratado de Brest-Litóvski, além de, rapidamente, eliminar os latifúndios com a reforma agrária e o fim da propriedade privada, decretar o controle operário sobre as fábricas, adotar o regime de partido único, declarar o monopólio estatal do sistema financeiro, do sistema de crédito e das exportações.


FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


A Alemanha, humilhada após a Primeira Guerra Mundial, durante 15 anos, viveu a sua pior crise econômica motivada pelo Tratado de Versalhes. Em 1933, Adolf Hitler conquistou, por vias legais, o cargo de chanceler alemão. Em sua candidatura, acabou com os partidos de esquerda e os sindicatos, censurou meios de comunicação e rompeu com o Tratado de Versalhes. De 1933 à 1938, a Alemanha construiu fábricas de material bélico, treinou soldados e mobilizou tropas para sua revanche.

Hitler juntou a Alemanha, a Itália e o Japão e criou uma nova aliança, o Eixo, que partia do princípio de que a Alemanha precisava de mais espaço para seu desenvolvimento econômico, justificando com isso, a intenção da Alemanha de reconquistar o território perdido na guerra.

Então, em 1938, a Alemanha começou a invasão dos países que estavam ao seu redor: a Áustria, em 1938 a Tchecoslováquia (República Tcheca e República Eslovaca), em 1939. Em setembro de 1939, quando a Alemanha invadiu a Polônia, a França e a Inglaterra (Aliados) declararam guerra à Alemanha. Em menos de um ano, a Alemanha já havia invadido a Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Noruega e a maior parte da França.

O Japão e a Itália, como estavam a favor da Alemanha, ajudaram na invasão de alguns países. A Itália invadiu a Albânia e a Somália. Já o Japão não só invadiu a Malásia, Cingapura, Filipinas e outras regiões, como destruíu o principal porto da marinha americana, Pearl Harbor. Após essa destruição, restaram somente aos Estados Unidos, 3 porta-aviões. A guerra se estendeu também à China e ao norte da África. No final do ano de 1941, os Estados Unidos e a Rússia, entraram na guerra ao lado das tropas aliadas.

Em meio à guerra, na Alemanha, Hitler perseguia todos os que não eram alemães, que ele considerava arianos, principalmente os judeus. No final da guerra, Hitler havia matado cerca de 30 milhões de pessoas.

Em 1943, a Itália assinou um acordo de paz com os países aliados. Em maio de 1945, quando o exército russo invadiu a Alemanha, ela se rendeu incondicionalmente, época que marca o suicídio de Hitler.

A guerra só terminou com o lançamento de duas bombas atômicas no Japão, em Hiroshima e Nagasaki. No final da guerra, os grandes beneficiados foram os Estados Unidos e a Rússia.A Segunda Guerra Mundial teve grandes desenvolvimentos, tanto político, econômico, social e militar. Com o lançamento da primeira bomba atômica em 8 de agosto de 1945, os Estados Unidos iniciavam um grande momento da História: a Era Atômica.




FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)

Socialismo


Conceitos básicos do Marxismo

Definir claramente o sentido de Socialismo, hoje em dia, não constitui tarefa das mais simples. Essa dificuldade pode ser creditada à utilização ampla e diversificada deste termo, que acabou por gerar um terreno bastante propício a confusões. Constantemente encontramos afirmações de que os comunistas lutam pelo socialismo, assim como também o fazem os anarquistas, os anarco-sindicalistas, os sociais-democratas e até mesmo os próprios socialistas. A leitura de jornais vai nos informar que os governos Cubano, Chines, Vietnamita, Alemão, Austríaco, Ingles, Francês, Sueco entre outros, proclamam-se socialistas. Caberia então perguntar o que é que vem a ser este conceito, tão vasto, que consegue englobar coisas tão dispares.

A História das Idéias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no universo das propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior homogenidade ao movimento socialista internacional.
Pela primeira vez, trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma sociedade - aquela preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao poder.

As idéias de Karl Marx e Friedrich Engels

As teses apresentadas por Marx e Engels levaram a uma total modificação do caminho que vinha sendo percorrido pelas idéias socialistas e constituíram a base do socialismo moderno. Apesar de obras anteriores, é o Manifesto do Partido Comunista que inova definitivamente o ideário socialista. A partir de sua publicação em 1848, tanto Marx quanto Engels aprofundaram e detalharam, em suas demais obras, suas concepções sobre a nova sociedade e sobre a História da humanidade.
Antes de qualquer coisa, devemos fugir à idéia de que anteriormente a Marx existissem apenas trevas. O que há de genial no trabalho de Marx é sua aguçada visão da História e dos movimentos sociais e a utilização de instrumentos de análise que ele próprio criou.
Marx se serve de três principais correntes do pensamento que se vinham desenvolvendo, na Europa, no século passado, coloca-as em relação umas com as outras e as completa em suas obras. Sem a inspiração nestas três correntes, admite o próprio Marx, a elaboração de suas idéias teria sido impossível. São elas: a dialética, a economia política inglesa e o socialismo.

Para Marx o movimento dialético não possui por base algo espiritual mas sim algo material.

O materialismo dialético é o conceito central da filosofia marxista, mas Marx não se contentou em introduzir esta importante modificação apenas no terreno da filosofia. Ele adentrou no terreno da História e ali desenvolveu uma teoria científica: O materialismo histórico. O materialismo histórico, a concepção materialista da história desenvolvida por Marx e Engels, é uma ruptura à História como vinha sendo estudada até então. A história idealista que dominava até então. A história idealista que dominava até aquela época chamava-se de História da Humanidade ou História da Civilização a algo que não passava de mera seqüência oredenada de fatos histórico relativos às religiões, impérios, reinados, imperadores, reis e etc.

Para Marx as coisas não funcionavam desta maneira. Em primeiro lugar, como materialista, interessava-lhe descobrir a base material daquelas sociedades, religiões, impérios e etc. A ele importava saber qual era a base econômica que sustentava estas sociedades: quem produzia, como produzia, com que produzia, para quem produzia e assim por diante. Foi visando isto que ele se lançou ao estudo da Economia Política, tomando como ponto de partida a escola inglesa cujos expoentes máximos eram Adam Smith e David Ricardo. Em segundo lugar uma vez que a base filosófica de todo o pensamento marxista (e, portanto, também de sua visão de história) era o materialismo dialético, Marx queria mostrar o movimento da história das civilizações enquanto movimento dialético. A teoria da História de Marx e Engels foi elaborada a partir de uma questão bastante simples. Examinando o desenvolvimento histórico da Humanidade, pode-se facilmente notar que a filosofia, a religião, a moral, o direito, a indústria, o coméricio etc., bem como as instituições onde estes valores são representados, não são sempre entendidos pelos homens da mesma maneira. Este fato é evidente: A religião na gécia não é vista da mesma maneira que a religião em nossos dias, assim como a moral existente durante o Império Romano não é a mesma moral existente durante a idade média.

O Texto acima foi extraído do livro " O que é Socialismo". Escrito por Arnaldo Spindel.
Editora Brasiliense, 4º edição.


FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)

AS TRÊS LEIS DE NEWTON


Princípio da Inércia ou Primeira Lei de Newton:

 "Todo corpo permanece em seu estado de repouso, ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças impressas nele" 

      Esse princípio indica que a velocidade vetorial de um ponto material, não varia. Se o ponto estiver em repouso permanece em repouso e, se estiver em movimento, permanece com velocidade constante realizando movimento retilínio e uniforme. Na prática não é possível obter um ponto material livre da ação de forças. No entanto, se o ponto material estiver sujeito a nenhuma força que atue sobre ele, ele estará em repouso ou descreverá movimento retilínio e uniforme. A existência de forças, não equilibradas, produz variação da velocidade do ponto material.

     A tendência que um corpo possui de permanecer em repouso ou em movimento retilínio e uniforme, quando livre da ação de forças ou sujeito a forças cuja resultante é nula, é interpretada como uma propriedade que os corpos possuem denominada Inércia.

Quando maior a massa de um corpo maior a sua inércia, isto é, maior é sua tendência de permanecer em repouso ou em movimento retilínio e uniforme.

Portanto, a massa é a constante característica do corpo que mede a sua inércia.

Um corpo em repouso tende, por sua inércia, a permanecer em repouso. Um corpo em movimento tende, por sua inércia, a manter constante sua velocidade.


Exemplo:


Um foguete no espaço pode se movimentar sem o auxilio dos propulsores apenas por Inércia.

Quando os propulsores do foguete são desligados ele continua seu movimento em linha reta e com velocidade constante.



A Força ou a Segunda Lei de Newton


"A mudança do movimento é proporcional à força matriz impressa e se faz segundo a linha reta pela qual se imprime essa força"

Força , em física, qualquer ação ou influência que modifica o estado de repouso ou de movimento de um corpo. A força é um vetor, o que significa que tem módulo, direção e sentido. Quando várias forças atuam sobre um corpo, elas se somam vetorialmente, para dar lugar a uma força total ou resultante.

No Sistema Internacional de unidades, a força é medida em newtons. Um newton (N) é a força que proporciona a um objeto de 100g de massa uma aceleração de 1 m/s²

Exemplo:

Os carros podem aumentar e diminuir suas velocidades graças ação de forças aplicadas pelo motor e pelo freio respectivamente.


Princípio da Ação e Reação ou Terceira Lei de Newton


            "A uma ação sempre se opõe uma reação igual, ou seja, as ações de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e se dirigem a partes contrárias "

Sempre que dois corpos quaisquer A e B interagem, as forças exercidas são mútuas. Tanto A exerce força em B, como B exerce força em A. A interação entre corpos é regida pelo principio da ação e reação, proposto por Newton, como veremos a seguir: 

Toda vez que um corpo A exerce uma força Fa em um corpo B, este também exerce em A uma força Fb tal que estas forças:  

Têm mesma intensidade

Têm mesma direção

Têm sentidos opostos

Têm a mesma natureza

As chamadas forças de ação e reação não se equilibram, pois estão aplicadas em corpos diferentes.

 

Exemplo:

Para se deslocar, o nadador empurra a água para trás, e, esta por sua vez, o empurra para frente.

Note que as forças do par ação e reação tem as características apresentadas anteriormente.








FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)